top of page
Foto do escritorAnderson Silva

POR QUE AS SKINS SÃO TÃO CARAS E DESEJADAS?

Atualizado: 8 de nov. de 2022


 

O fenômeno dos cosméticos, isto é, skins, armas, sprays e qualquer outro item colecionável, não é exatamente uma novidade na indústria dos jogos, mas está chamando cada vez mais atenção pelos valores absurdos que levanta. Basicamente porque os jogadores dedicados costumam ir atrás desses adicionais. Seja pela diversão, pela obsessão ou por ter grana sobrando para gastar, não importa como, sempre terá alguém que vai tentar adquirir tudo.

Uma skin muda a aparência de um item em um videogame. Por exemplo: a mesma arma em um jogo pode ter diferentes 'skins' como no vídeo acima. As peles fazem a arma parecer diferente. elas são obtidas em um videogame ou podem ser compradas na loja do jogo. São puramente cosméticas, então elas não mudam a jogabilidade ou não fazem de você um jogador melhor.


As skins permitem que o jogador flexione para outros jogadores. Em um jogo que não tem classificação de habilidade, ou seja, fortnite, as skins eram (por um tempo) uma maneira de avaliar o quão bom um jogador era, pois mostrava o quanto o jogador lutou para obtê-lo (excluindo comprá-los, é claro). Nos MMOs, isso permite que os jogadores façam seus personagens parecerem atraentes para eles e, como eu disse anteriormente, mostrem-se (ou como eu gosto de chamar de “pavão”) para outros jogadores, especialmente para jogadores gratuitos.


Uma pergunta que faço é, qual o sentido de ir ver um filme, ou comprar um livro, ou comprar doces?


Porque lhe dá alegria por uma razão ou outra. Skins são a mesma coisa, elas não são necessárias, mas não são inúteis, porque o ponto é que elas melhoram sua experiência de jogo de alguma forma.


Você pode não entender, mas isso significa apenas que você não é o tipo de pessoa para quem as skins são direcionadas.


Algumas skins são mais raras que outras. Assim, os jogadores com uma skin mais rara recebem um certo reconhecimento. Muito semelhante ao branding em roupas.


De onde vieram as skins?


Tudo começou por volta de 2012, quando a Valve introduziu skins em Team Fortress 2 e CS:GO. Eles foram adicionados para criar mais emoção e envolvimento do jogador. Skins eram vistas como uma recompensa, uma tentação para jogar seu jogo.


A Valve também criou um mercado para skins. Os jogadores podem trocar skins entre si e coletar skins.


Acabou que as skins coloridas eram as mais populares e as pessoas as queriam por causa de seu valor de troféu. Mostrando a habilidade do jogador.


Ao tornar algumas skins mais raras do que outras, a Valve criou um valor para essas skins. As skins mais raras eram muito procuradas e, consequentemente, atraíam um preço mais alto. Algumas skins valem mais de US$ 3.000.


A troca de skins tornou-se muito popular e muitas negociações foram feitas no mercado da Valve. Skins se tornaram uma moeda virtual.


A Valve controla o mercado de skins. Ela lança atualizações constantes para Counter-Strike com novos modelos. Ela decide quanto de cada skin será produzida e embolsa uma taxa de 15% cada vez que uma é comprada ou vendida em seu mercado oficial, o Steam. A Valve até oferece um registro de ações que monitora os valores das skins, em constante mudança.


Tecnicamente, a Valve não vende suas skins por dinheiro. Na verdade, cada dólar depositado na conta de um jogador é convertido em créditos Steam, que podem, então, ser trocados no site por skins, outros games ou produtos complementares. Depois que os dólares são transformados em crédito, a empresa não os converte de volta.

A maioria não se importava com essa troca. Porém, ela era frustante para os jogadores que queriam trocar seus ganhos por dinheiro. Aí é que alguns viram uma oportunidade: a Valve gerencia o Steam no que é chamado de "interface de programação de aplicativos" (API), uma ponte que permite que desenvolvedores terceiros interajam com uma plataforma. Por exemplo, o API do Facebook permite que empresas de fora criem uma infinidade de aplicativos que estão conectadas ao serviço. Isso é chamado de "API aberto", que significa que o código de programação está disponível e acessível ao público.


Por volta de 2015, à medida que a popularidade aumentava, outros sites surgiram usando a API do Steam. Isso significa que os jogadores podem negociar com suas skins em sites completamente fora do jogo. Esses sites também permitiam que os jogadores depositassem e sacassem dinheiro real que foi convertido em skins.


Esses sites rapidamente adicionaram recursos de jogo e ofereceram jogos como roleta, coinflip e outros jogos de azar tradicionais.


Com o surgimento dos E-sports (jogos competitivos), esses sites ofereceram a oportunidade aos jogadores de apostar com skins em seus times favoritos de e-sports.


Como a experiencia das skins são formadas.


O design das skins têm o intuito não só de permitir que os jogadores se expressem através delas, mas que também entrem de cabeça em suas temáticas. E, se mergulharem ainda mais fundo em uma certa skin, existem caminhos evolutivos para várias delas, que adicionam animações, efeitos, sons e muitos outros elementos personalizados. Isso serve para despertar as emoções certas nos jogadores. Fica totalmente a critério do jogador decidir que tipo de skin usar.


A equipe de pesquisa do Valorant por exemplo, faz um compilado de vários feedbacks e respostas de pesquisas. Assim, podem ver que tipo de temas os jogadores querem no jogo. Por exemplo, será que deveriam adotar uma abordagem de sci-fi tradicional, uma temática de alta fantasia, uma estética mais moderna ou criar algo totalmente abstrato?

Para isso eles montam uma matriz CSD e vem tudo que o jogador querem, fazem suposições e dúvidas do que realmente podem ser aplicados em cada skin.


As regras que eles fazem para criar um skin são

  • Os elementos de uma skin (modelo, arte, efeito visual, animação e efeito sonoro) são totalmente imersivos apenas em primeira pessoa.

  • Os outros jogadores (em terceira pessoa) só podem ver o modelo da skin.

  • Não tem essa de "pagar pra ganhar" nem "pagar pra perder". Não permitem que isso aconteça. Nunca.

  • Se virem alguma skin quebrando essas regras, podem apostar que foi um acidente e que eles iram consertar o problema o quanto antes!

O processo de modelagem de uma skin deve combinar com a silhueta da arma base tanto em primeira quanto em terceira pessoa, além de ser reconhecida quando estiver no chão.


A animação de uma arma com skin também precisa seguir o mesmo caminho da animação da arma-base. Pois não deve garantir que nenhuma skin faça a arma parecer estranha ou diferente, pois ao usar uma nova skin o jogador não deve precisar reaprender a jogar com a arma, ela precisa atirar da mesma forma, não parecer mais rápida ou lenta, mesmo que a animação aparenta ser mais rápida não poder de jeito nenhum atirar mais por causa da skin e nem ocupar mais (ou menos) espaço na tela.


O foco dos jogadores em fps é abater inimigos, plantar ou desarmar a Spike e conquistar a vitória com estilo. Isso não deve mudar em nada com a presença das skins (exceto, talvez, quando as pessoas ficam se gabando ou inspecionando as armas antes da rodada começar). Sendo assim, quaisquer efeitos visuais vinculados a uma skin devem ser legais, mas nunca devem distrair muito os jogadores.


O áudio é um dos elementos cruciais que ajudam a firmar a ideia por trás de uma skin, também não pode ninguém achar que não conseguiu ganhar uma rodada porque a skin atrapalhou na hora de ouvir um barulho importante. Portanto, se a skin traz consigo novos sons, fazemos de tudo para garantir que eles não sejam mais altos ou mais baixos que os sons-base do jogo (mas que ainda sejam perceptíveis). Por exemplo, se um jogador estiver usando o áudio que a arma fornece para controlar o coice dela, não queremos que sons novos atrapalhem essa estratégia.


 


36 visualizações0 comentário

Posts Relacionados

Ver tudo
bottom of page